as coisas mudam

e se antes eu não sabia de quem eu era, agora não sei pra onde vou, só escuto sua voz no telefone, a sacanagem que rola a solto, eu passei algumas naquela de te ter e não ter, agora, é tudo por você, com você, eu vivo junto, faço junto, to sempre junto. é, gente, deu certo, o nosso beijo :)

e aqui estou, levanto e tomo um café sem gosto (o mais delicioso que ja tomei), desvio da vida pelas ruas, com conversas fúteis para não ter que falar de mim, ando até forçando amizade, talvez, melhor chamar de coleguismo, por incrivel que pareça e diferente de todos, não quero amigos agora, amigos sabem tudo da gente, e eu não quero que ninguem saiba de mim. os móveis da minha casa acabaram de ser limpos, a janela está fechada, e, ainda assim, tudo está empoeirado, será que minha próxima casa também vai ser assim? o que eu imagino é domingo, sala grande, você, filhos, cachorro e uma grande janela pro nosso jardim, mas a imagem da casa fechada e os moveis limpos e envelhecidos não desapegam, pô, SAI DE MIM! isso não parece ansioso, mas eu estou, e muito, isso tem que dar certo!